Páginas :)

domingo, 28 de setembro de 2014

once upon a time

   Once upon a time, there was a girl whose heart was broken. She was once a sweet sensitive innocent girl, however, after being hurt over and over again by many people, she changed. She became a completely different person, someone she couldn't even recognize...a cold distant person, who, unlike before, rarely cried.
   She was always smiling and she used to pretend like everything was fine, like she wasn't feeling all those horrible things, like she wasn't dying inside...But she was. The truth is that deep down, she was really, really destroyed inside...feeling lonely, empty, desperate, without a purpose...she needed help, support, affection, but she would never ask for that and no one could notice that she needed it. The truth is, nobody could never understand what she was feeling, her feelings/thoughts were to complex to be understood. She had lost the only thing that kept her from thinking about those horrible things, the only thing that used to make her feel complete, the only thing that used to give her some comfort... It was gone for good. It wouldn't come back ever again. Because the only thing that used to keep her sane, was also the only thing that could tear her apart. And it did, over and over again. That's the reason why that was over forever. And thinking about "forever" without including in the same sentence that "thing that used to keep her sane" was too much pain to handle.
Bé Silvestre

sábado, 20 de setembro de 2014

20/09/2003

Nem toda a gente conhece a dor de perder alguém, de a ver partir, tendo ainda tanto para viver com essa pessoa, tanto para lhe dizer…Pior é quando é repentinamente, sem aviso prévio, sem qualquer tipo de sinal…num minuto a pessoa está cá, no minuto a seguir já não… Depois do caixão ser fechado acabou. Nunca mais poderemos ver aquela pessoa, se não em fotos, vídeos ou através da nossa própria memória. É estranho pensar que nunca mais teremos oportunidade de ver essa pessoa, de lhe tocar, de a abraçar, de sentir o seu cheiro, de ouvir a sua voz, de ter uma conversa, de ter certas brincadeiras, ou até mesmo de discutir com essa pessoa… Perder alguém que amamos tem repercussões inimagináveis. Provavelmente, as pessoas que já perderam um ente querido nunca pensaram o quanto mudaram depois disso, o quão diferentes seriam se isso não tivesse acontecido. Mas a verdade, é que, realmente,  isso muda completamente uma pessoa.
É mentira quando dizem que nenhuma dor é eterna. Quando se vê partir alguém que se ama, a dor é eterna sim, seria impossível não o ser. Mas há que seguir em frente com a nossa vida, há que viver, há que aprender a lidar com a dor. Lidar com a dor é fundamental. Não há nenhum tipo de “receita” ou algo do género para aprender a lidar com a dor, cada um fá-lo à sua maneira, cada um demora o seu tempo. A dor é eterna, mas não tem tanta intensidade como no início. No início, chega-se mesmo a perder a vontade de viver, há dentro de nós uma explosão de sentimentos negativos… É uma mistura de desespero, negação, raiva, depressão, aflição, angústia, sufoco, entre outros tantos sentimentos horríveis…A dor sentida não tem explicação. É como se tivesse acabado o mundo. No entanto, com o passar do tempo, a dor vai amenizando. Já se é capaz de recordar a pessoa e os momentos com uma maturidade diferente, com um sorriso no rosto, em vez de uma enchente de lágrimas. É verdade que há dias menos bons, em que a saudade é sufocante e em que parece que se não virmos e se não abraçarmos a pessoa em breve, vamos morrer…mas nada disto se compara ao que se sente no início.
A verdade, é que achamos sempre que só acontece aos outros e que nunca calha a nós, mas as coisas não são bem assim. No meu caso, eu não valorizei só quando perdi, sempre valorizei, mas na maioria dos casos, “o ser humano só valoriza quando perde”. Mas devemos valorizar as pessoas que amamos, não devemos deixar nada por dizer ou fazer, porque um dia, essas pessoas podem partir, é a lei natural da vida. E, nesse caso, ter a consciência tranquila é bom. Eu confesso que hoje em dia, de certa forma, falho nesse aspecto com certas pessoas, afasto-me delas…talvez tenha sofrido uma das repercussões que falei anteriormente…talvez seja para não me magoar de novo com a perda de alguém…
20/09/2003 é uma data que, de certa forma, está e estará sempre “tatuada” em mim. Faz hoje 11 anos que partiu alguém que eu amava. Pode parecer estranho para a maioria das pessoas, pode até parecer “fita” da minha parte, mas apesar de eu ter convivido com ele apenas 6 anos da minha vida e de ser tão nova quando ele partiu, eu sei claramente que o amava, que ele era realmente importante para mim. Na verdade, acho que ninguém sabe o que isto realmente é para mim, nem a mágoa que isto me provoca. Ninguém sabe as saudades que eu tenho, nem o que eu dava para o ter de volta, nem que fosse por uns minutos.
Não é justo ele ter partido tão cedo, porque os anos que eu tive com ele não deram para o conhecer realmente, para viver com ele as coisas que eu era suposto ter vivido, para lhe dizer as coisas que ficaram por dizer… Ele não me viu crescer, não conheceu os meus irmãos, não vai conhecer os bisnetos, eu não tive oportunidade de lhe dizer que o amava… Ele perdeu e continuará a perder tanta coisa…
Não sei como é “a vida” depois da morte, mas tenho a certeza que há algo mais que” isto”. Tenho,  também, a certeza que ele olha por mim, por nós…protege-nos. Sei, porque eu pressinto-o. Por vezes, parece que ele está mesmo ali, ao meu lado. Eu sei que ele nunca nos deixaria desamparados, sem protecção.
Eu guardo com muito carinho no coração todos os momentos de que me recordo, todo o amor que ele me deu… Espero, sinceramente, um dia, vir a reencontrar-me com ele, para termos a oportunidade que não tivemos antes. Um dia, quando eu tiver filhos, eu vou contar-lhes sobre ele, sobre quem ele era, as nossas memórias, o quanto eu gostava dele…Eu sei que tu sabias, apesar de eu nunca to ter dito, mas eu amo-te avô e amar-te-ei sempre, prometo!
Bé Silvestre

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

another person

   Tudo está diferente. Tudo está mal. Tudo mudou. As coisas não estão como deviam estar e custa-me a aceitar isso. Não está certo, não está. Não é justo, não sei o que fiz para merecer estas coisas...
   Apercebi-me que agora lido com as coisas de uma maneira muito, muito diferente...já não choro, posso ficar muito mal, num caco mesmo, mas guardo tudo para mim. Não sei se isso é bom ou mau, dizem que é mau, mas enfim, as pessoas mudam...E eu comecei a lidar com as coisas de uma maneira muito, muito diferente mesmo, se soubessem...
   Eu era uma menina tão doce, tão inocente, mudei tanto, comparado com o que eu era, estou tão fria...não sei, estou mesmo diferente.
Bé Silvestre

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

avoiding things

   Ando a evitar escrever textos que expressem sentimentos, porque isso implica sentir e pensar e, sinceramente, dispenso, daí não escrever no blog à imenso tempo. Tenho escrito apenas histórias, porque é uma maneira de criar e viver vidas diferentes. Se me permitir pensar um bocadinho que seja, sou invadida por um turbilhão de pensamentos e sentimentos dos quais eu quero fugir. Só de escrever este pequeno texto, as coisas que quero evitar sentir e pensar estão "à porta" a fazer um esforço enorme para saírem, mas, de momento, vão ser mal sucedidas, porque realmente não estou com disposição, prefiro continuar a fugir e evitar.
Bé Silvestre